Dia de Gre-Nal
Para quem ama futebol e para quem não se importa com futebol dia de Gre-Nal é dia de Gre-Nal. Quase uma Copa do Mundo, o jogo consegue parar o estado. Colorados não vestem nada azul e, gremistas não vestem nada vermelho. Assim é no Rio Grande do Sul e assim é para qualquer gaúcho que vive fora da querência querida. Na capital federal, por exemplo, os gaúchos se reúnem em bares, CTG’S, casas de amigos e mudam completamente suas rotinas desde a hora que acordam.
É um clássico. Termo esse que em uma de suas primeiras definições, na Grécia, se referia a uma obra exemplar cuja excelência é capaz de resistir ao tempo. Assim é um Gre-Nal. E o duelo 388 não foi diferente disso. Os vermelhos vinham da conquista de mais um título internacional e tinham a possibilidade de, com a vitória, se aproximar da zona da Libertadores da América. Os azuis estavam chegando à zona do rebaixamento. Deu Grêmio.
Lá no Distrito Federal o domingo era de sol e calor. Quem queria encontrar os conterrâneos e colorados tinha um destino: 111 norte, bar do Inter. Se gremista 406 norte, bar do Grêmio. Os torcedores almoçam no local; levam caixas de som; CD’s com o hino do Clube e músicas da torcida; bandeiras e o que mais conseguirem. O ambiente é amigável, sem aquela cara de bar. Antes do jogo tudo é festa – nos dois lugares.
Começa a partida tudo é silêncio. O Grêmio é superior enquanto o Inter parece não ter aparecido para o jogo. A partida vai para o intervalo em 1 x 1, mas na 111 norte as caixas de som ficam desligadas – fato inédito. A disputa recomeça e o Grêmio continua comandando o espetáculo. Já se aproximando do fim da partida Índio desloca Escudeiro. Pênalti, 2 x 1. No bar do Inter, metade dos colorados pagam suas contas. Fim de jogo e na 406 norte os gremistas comemoravam como se tivessem ganho um título. O dono do bar esquece que o jogo acabou e deixa a festa se estender. Afinal, era dia de Gre-Nal.
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