Grêmio joga pouco e consegue empate na base da vontade.

Era um jogo que parecia fácil, a vitória do Grêmio era só questão de tempo. Era como bater em bêbado. Ganhar não era nada mais que obrigação. Mas a vitória não veio, consequentemente veio a crise.

Como era de se esperar, o Avaí começou o jogo priorizando muito a marcação, num 4-5-1, ou 4-1-4-1 com duas linhas e um volante entre elas. Douglas recebeu marcação forte e individual, o que praticamente anulou o jogador. Com uma marcação forte atrás, o Avaí saia nos espaços deixados pelo Grêmio, e jogava nos erros de um time que precisava vencer de qualquer maneira. Conseguiu o gol cedo, o que aumentou mais ainda a pressão no Grêmio e deixou o Avaí mais à vontade para jogar nos contra-ataques. Perdendo em casa e a torcida vaiando o time, o Grêmio foi pra cima na base da pressão. Mesmo com o time desorganizado e jogando mal, o Grêmio teve dois gols anulados – um deles, o primeiro mal anulado, pois André Lima estava em posição legal. Já o segundo, acerto do auxiliar Ubirajara Jota.

Veio o segundo tempo, e o Grêmio continuou mal no jogo, mesmo com a saída de Lúcio para a entrada de Escudero, e com a expulsão de Batista pelo Avaí. E o Avaí tirando proveito dos erros do Grêmio, conseguiu o seu segundo gol na partida. Aí, perdendo de dois, Renato promoveu a estreia de Miralles ao time, que entrou muito bem, finalizando e chagando com qualidade na frente. Mas foi de pênalti - mal marcado - que saiu o gol de Douglas, descontando para o Grêmio. Mesmo com a expulsão de Douglas, o Grêmio seguiu em cima do Avaí, mas levando alguns sustos atrás com o time todo aberto. Embora pressionasse, o Grêmio continuava mal, muito desorganizado. Faltava qualidade para atacar com eficiência, mas sobrava vontade e raça e foi por aí que nos acréscimos, após confusão na área, Rafael Marques chuta forte no alto, evitando a derrota, mas não a crise.

Foto: via ducker.com.br

Por: Filipe Abilio

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Avaí surpreende no Olimpico, mas Grêmio consegue evitar tragédia

Em uma noite fria de inverno em Porto Alegre, Grêmio começa o jogo congelado e permite que o Avaí saia na frente do placar logo no início da partida, com o zagueiro Gustavo Bastos e amplie com Robinho, no 2° tempo. Mesmo com o placar adverso por 2 a 0, o Grêmio consegue chegar ao empate na etapa complementar, com Douglas e Rafael Marques já nos acréscimos, evitando nova derrota em seus domínios. Com resultado, Renato acaba deixando o Grêmio.

Com este empate, o Grêmio fica em 12° lugar na tabela de classificação, com oito pontos ganhos. Já o Avaí, saí da lanterna para 19° lugar, com dois pontos.

Na próxima rodada, o Grêmio vai à Minas Gerais encarar o Cruzeiro. Dia 06 de Julho, quarta-feira às 19h30m. Mesmo dia e horário em que o Avaí vai receber o Bahia, na Ressacada.

O jogo começou com o Avaí mostrando que jogaria atrás, esperando o contra-ataque, marcando forte e jogando nos erros do Grêmio. E logo aos quatro minutos de jogo, cobrança curta de escanteio, Pedro Ken cruza para a área, Welton Felipe cabeceia no canto, Marcelo Grohe espalma, mas Gustavo Bastos no rebote coloca o Avaí em vantagem. Avaí teve ainda uma chance clara de marcar o segundo, aos nove minutos, a defesa do Grêmio para, Wiliam entra livre na área, mas Marcelo Grohe salva cara-a-cara com o centroavante. Perdendo o jogo em casa e com a torcida insatisfeita na arquibancada, o Grêmio se jogou ao ataque, arriscando alguns chutes de fora da área, todos sem perigo ao gol Avaiano. Aproveitando os espaços dados pelo Grêmio, Avaí continuou na sua estratégia de contra-ataques, e aos 22 minutos Romano entra com facilidade pelo lado direito da defesa, chuta e Marcelo salva mais uma vez. Pânico no Olímpico. Aos 26 minutos, finalmente o Grêmio chega com perigo, com Leandro fazendo jogada pela direita e tocando para André Lima, na marca do pênalti chutar pra cima. Grêmio segue tentando gol de empate, e consegue com André Lima, mas o impedimento foi marcado pelo auxiliar Ubirajara Jota e 2 minutos depois, aos 45, novo gol anulado em outro impedimento de André Lima, com Leandro pegando o rebote e jogando para as redes. Foram dois lances muito difíceis de ver, mas no primeiro houve erro na marcação, já no segundo, auxiliar e árbitro acertaram.

Mais polêmica na arbitragem, e Rafael Marques evita o pior no fim

Renato e Gallo promovem mudanças para o 2°tempo. Escudero entra no lugar de Lúcio pelo Grêmio, e no Avaí Rafael Coelho dá lugar a Robinho. As coisas pareciam que iria começar a dar certo para o Grêmio logo com um minuto. Batista acerta cotovelada em Fábio Rochemback e é expulso. Mas, quem consegue o gol é o Avaí, aos seis minutos, em nova cobrança de escanteio, Welton Felipe desvia de cabeça, Rochemback não domina. Robinho pega a sobra e chuta cruzado no canto esquerdo de Marcelo Grohe. Antes disso, técnico Gallo já tinha reconstituído o meio com a entrada de Fabiano no lugar de Wiliam. Avaí tenta aproveitar bom momento, aos 10, Cléverson chuta da entrada da área, Marcelo salva mais uma, mas já havia impedimento no lance.

Precisando reverter o prejuízo, Renato saca do time William Magrão e promove a estreia de Miralles. E já aos 17 minutos após boa jogada de Escudero, Miralles cabeceia pra dentro da área, mas André Lima não alcança e a bola sai. Grêmio segue tentando, até que Escudero cai na área e o juiz dá pênalti, com 28 minutos. Mais um erro na arbitragem, Escudero se joga, pênalti irregular. Sem ter nada a ver com isso, Douglas, que teve que bater duas vezes após invasão, bate bem sem chances ao goleiro Aleks. Dois minutos após o gol, Douglas recebe dois cartões amarelos em sequência, por reclamação, e acaba expulso de campo. Igualdade de jogadores em campo, mas Grêmio segue em cima, em busca do segundo gol. Chega bem em boas oportunidades cridas por Rochemback, em uma delas ele acerta o travessão em cobrança de falta. Mas somente nos acréscimos da partida, aos 48 minutos, cobrança de falta na segunda trave, após bate-rebate na área do Avaí, Rafael Marques chuta forte no alto, sem chances para o goleiro, estabelecendo a igualdade no placar. Final: 2x2.


Por: Filipe Abilio


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Muita transpiração e pouca inspiração


O título deste post é a síntese do que foi o Grêmio nesta quarta-feira gelada no estádio Olímpico. O resultado foi conquistado na base da trasnpiração, a fórceps. Renato optou por voltar aos seu esquema habitual, o 4-4--2 com o meio em losango. Para isso escalou Leandro e André Lima no ataque, deixando Lins fora até do banco de reservas.
Antes da partida todos classificavam o Avaí como o adversário ideal para a recuperação gremista. Levando em conta a colocação na tabela e os últimos resultados do time catarinenense poucos arriscavam-se em apontar o Grêmio como vencedor da partida e até com goleada.
Quando o juiz apitou o início do jogo o que se viu foi um Avai totalmente diferente. Um time organizado em um 4-1-4-1 tndo em Pedro quem o volante entre as duas linhas de quatro e por consequência exercendo marcação indivual sobre Douglas, que pouco jogou, mas este um assunto para mais adiante.
O Avaí além do gol marcado aos 4 minutos em um falha coletica do sistema defensivo, criou mais duas chances claras antes dos 25 minutos, enquanto o Grêmio o máximo que conseguiu foi um conclusão de André Lima por sobre o gol as 13 minutos. O primeiro chute gremista em gol foi somente aos 40 minutos do primeiro tempo. Está foi a única defesa do golerio Aleks, o restante foram somente intervenções..
No final da primeira etapa dois lances polêmicos, dois gols anulados do Grêmio, no primerio André Lima esta em posição legal, já no segundo a arbitragem acertou.
A segunda etapa indicava uma mudança de panorama, com a entrada de Escudero na vaga de Lúcio e a expulsão de Batista aos 1 minuto. Mas foi o Avai quem marcou, em jogada semelhante ao primerio gol, em nova falha da defesa, desta vez do capitão Rochembak.
Com a desvantagem Renato partiu para o tudo o nada e proveu a estréia do argentino Miralles, alterando o esquema para o 4-3-3 com triângulo de base alta no meio(Rochembak como vértice defensivo, e Escudero e Douglas na base do triângulo). Mais ofensivo o Grêmio criou mais oportunidades, em sua maioria em bolas levantadas na área. Na melhor delas André Lima não consegue completar a jogada de Escudero e Miralles.
O primerio gol do Grêmio saiu em um pênalti inexistente de Daniel sobre Escudeiro, convertido por Douglas. Naquele momento do jogo a única forma acontecer era em um lance isolado.
A principal deficiência do Grêmio foi a falta de criação, Douglas pouco apareceu durante a maior parte do tempo. O único momento que chamou a atenção de quem assistia ao jogo foi quando reclamou insistentemetne até ser expulso.
Desde a partida contra o São Paulo não é mais o mesmo, esta claramente descontente., não rende mais o que rendia no segundo semestre de 2010, algo se rompeu entre ele e o técnico Renato Portaluppi.
E foi quando tudo parecia perdido que o Rafael Marques empatou o jogo quando o relógio apontava 48 minutos do segundo tempo, mais uma vez de bola parada. A única forma que o Grêmio consegiu furar o bloqueio defensivo do Avaí.
Pior do que o resultado foi a atuação gremista, muito abaixo do que pode render, mesmo em um grupo com poucas opções de qualidade Renato precisa encotrarsoluçõs para a baixa produção ofensiva do Grêmio.
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Grêmio sofre para empatar com o Avaí no Olímpico

Foto: Diego Vara
Depois de estar duas vezes atrás no placar o Grêmio busca o empate no fim e evita a segunda derrota em casa. O jogo foi muito mais complicado do que se esperava, ao menos é o que os números apontavam antes da partida. Laterna do campeonato, ainda não tinha vencido e marcara somente cinco gols em seis jogos. Era o jogo ideal para recuperação gremista.
O Avaí abriu 2 a 0 e o Grêmio chegou ao empate somente nos acrésimos do segundo tempo. Os gols catarinenses foram de Gustavo Bastos e Roblnho enquanto Douglas, que assim como Batista foi expulso na segunda etapa, e Rafael Marques marcaram para o tricolor.
Na próxima rodada o Grêmio vai a Minas Gerais enfrentar o Cruzeiro, já o Avaí recebe o Bahia na Ressacada. Os dois jogos serão realizados na quarta´feria as 19h30m.

Muita tranpiração e pouca inspiração

A primeira etapa começou com o Avai marcando pressão, e logo aos quatro minutos abriu o placar. Após cobrança de escateio Welton Felipe cabeceou livre, Marcelo Grohe defendeu, mas no rebote Gustavo Bastos empurrou para as redes.O Avaí não diminuiu o ritmo e aos nove minutos Willian deperdiçou cara-a-cara com Marcelo Grohe, que fez grande defesa, evitando segundo gol dos
catarinenses.
Armado por Alexandre Galo num 4-1-4-1, com um volante entre as duas linhas de quatro, Pedro Ken marcava individualmente Douglas, a estratégia de defesa foi facilitada pelo gol no inicio. O Grêmio só conseguiu ameaçar o gol de Aleks aos 13 minutos quando André Lima após cobrança de escanteio André Lima de meia bicicleta chutou por cima. Esta seria a conclusão mais perigoda durante todo o primeiro tempo.
O Avai apostava nas jogas pela esquerda com Cleverson e Romano, nas costa de Gabriel, e foi uma destas jogadas que Romano obrigou Grohe a fazer ótima defesa. Em menos de 25 minutos foi a terceira chance clara de gol.
Com Douglas sumido em campo, não conseguia se livar da marcação de Pedro Ken, restou a Grêmio as bolas paradas e os chutes de fora da área. Foi ai que apareceu o capitão. Fábio Rochembak. Em duas cobranças de faltas dois lances duvidos, e os dois envolvendo André Lima. No primeiro ele não estava impedido, portanto gol legal do Grêmio mal anulado. Na segunda cobrança a arbitragem acertou, pois o atacante tricolor estava adiantado, antes de Leandro completar para as redes.

Arbitragem confusa e muitos cartões
No segundo tempo,. logo a 2minuto Batista disputa bola com Rochembak pelo alto e atinge o volante gremista, e foi expulso. Era tudo que o Grêmo precisava para inciar a reação. Mas 5 minutos depoise o Avaí, em jogada semelhante ao primeiro gol, amplia o placar. Após cobrança de escanteio mais uma vez Welton Felipe cabecei sem precisar sair do chão, Fábio Rochembak afasta mal e Robinho, que substituiu Rafael Coelho no intervalo, amplia para os catarinenes
Renato já havia retirado Lúcio e colado Escudero para tornar o time mais ofensivo, tira Willian Magrão e promove a estréia do artgentino Miralles.e parte para o tudo ou nada. O esquema muda para o 4-3-3 de base alta no meio, com Rochembak no vértice defensivo e Escudero e Douglas na base do triângulo.
O esquema mais ofensivo não consegui ultrapassar as duas linhas de quartro do Avai, que após a expulsão se posicionou no 4-4-1, e os jogadores começaram a perder a cabeça e levar cartões por reclamação.
Depois dos 20 minutos o Gremio mais na base da raça do que na técnica, adiantou a marcação, empurrando o Avai para o seu campo e ais os argentinos começaram a aparecer.Primeiro Escudero cruza para Miralles no segundo, ele ajeiita e André Lima não consegue completar, depois ele mesmo arrisca a esquerda do gol de Aleks.
Ai veio o lance polêmico da partida. Escudero parte para cima de Daniel e cai, o juiz marca pênalti, que não existiu, pois o meia argentino sequer foi tocado. Douglas precisou de duas combrança para diminuir o placar.
O gol não aclamou os jogadores do Grêmio, principalmente Douglas que após reclamar acintosamente recebe o amarelo e não satisfeito ironiza a punição e é expulso.

Com o final da partida se aproximando, o jogo foi ficando dramático para o Grêmio, seria a sua terceira derrota em casa em quatro jogos. Nem a pressão da torcida fez com que o tricolor conseguisse criar oportunidades claras, a única finalização com, perigo foi de Rochembak aos 37 minutos, que acertou a trave de Aleks.
O gol de empate só poderia sair em uma bola parada e foi assim q aconteceu aos 48 minutos, quando Rafael Marques fez lembrar a decisão primeiro turno do Gauchão, e após bate e rebate empata o jogo. O gol não evita as vaias no final do jogo.
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Relatório de Jogo de Vilas-Boas


Em 2006 Vilas-Boas era auxiliar de Mourinho no Chelsea, e era responsabilidade dele análisar e organizar relatórios sobre os times rivais. Recentemente vazou um dos relatórios feitos em 2005 contra o Newcastle. No relatório fica fácil de ver a capacidade de observação de Vilas Boas.

O relatório é bem legal para ver como um dos principais técnicos do mundo (o Mourinho) recebia as informações de seu auxiliar, e para ver a forma de trabalho do homem que custou 15 milhões de euros para o Chelsea.
Boas leaked report

Para quem não tem um inglês tão avançado eu vou colocar a tradução do relatório



1. Organização Ofensiva
Equipa organizada em 4x4x2 ou 4x4x2 losango. Esquema inconsistente, mas com bons resultados. Motivação aliada a grande espírito. Muita vocação ofensiva e agressividade, sempre com pensamento de jogo atacante e de manter o ritmo alto. A construção de jogo é sempre rápida e objectiva, com momentos de posse explosiva ou jogo directo para Michael Owen em profundidade. Incrível eficiência na 4ª fase e poder de fogo tremendo com dois dos melhores avançados do mundo (cruzamentos!).

Construção de jogo curto tem o 1º passe para os centrais. São extremamente vulneráveis na 1ª fase quando sob pressão. Boumsong comete erros básicos ao fazer o 1º passe para Scott Parker ou Emre. Construção de jogo longo é uma ameaça. Shay Given põe a bola com precisão na cabeça de Alan Shearer. Objectivo é sempre servir o movimento de Owen (já está a correr quando a bola ainda está no ar). As segundas bolas são muito agressivas, com Emre e Parker a reagirem rapidamente e a organizarem desde logo o jogo.

Da 2ª para a 3ª fase, há um padrão na construção do jogo. Normalmente envolve uma abordagem mista de jogo directo com posse de bola e jogo curto. Os centrais gostam de jogar nos laterais, para que estes corram com a bola. Se o espaço for apertado, o Owen vai fugir para os flancos (normalmente o lado direito) para receber. Outro padrão é quando o Emre e o Parker descem para receber a bola e pô-la em profundidade nos avançados. Ambos têm boa visão de jogo - importante retirar profundidade.

Pela natureza do sistema de jogo, um dos médios centro envolve-se em penetrações pela zona central. Normalmente é o Emre – importante estar atento ao lado direito. Solano raramente abre na linha. Prefere actuar como 3º médio, entre linhas, atrás dos avançados. Chega com bom timing nas costas dos defesas, pelo que liberta os avançados com passes perigosos entre as nossas posições. Quando não consegue fazer isso, por causa da defesa estar apertada, dá espaço para a entrada de Stephen Carr, que vem de trás para cruzar (importante a acção do nosso extremo na cobertura).

No outro lado, N’Zogbia é um extremo puro. Dá largura, recebe a bola aberto na esquerda. Ataca os laterais. Incrível qualidade no um para um. Domina todos os tipos de comportamento para um extremo. Grande qualidade nas diagonais quando Shearer desce até ao meio-campo. Aparece bem ao 2º poste para finalizar. Esperar sempre combinações entre os 2 avançados, Shearer e Owen. Muita agressividade e velocidade.

Nos momentos em que Owen abre na linha, Shearer recua para lhe dar a bola. Eles dominam esta rotina, pelo que é importante para nós termos mecanismos de defesa (centrais a fechar bem por dentro) para as segundas bolas enviadas por Shearer (tanto de cabeça como segurando o defesa, virando-se e fazendo o passe). Os movimentos do Owen são imprevisíveis, porque tanto podem acontecer nas costas como na cara da defesa. É importante antecipar mas com certeza na decisão.

Cada cruzamento é uma situação perigosa, é por isso que devemos evitá-los. O movimento normal é de ataque diagonal. Owen surge ao 1º poste vindo do 2º (golos frente ao Blackburn e ao West Brom). Shearer gosta de atacar na marca do penálti (usa o corpo e a força para se libertar dos defesas)

2. Transição ofensiva
Mudança de atitude rápida e agressiva. Movimentação de Owen em profundidade é a principal ameaça. Da zona defensiva, preocupam-se em vê-lo e pôr a bola nas nossas costas imediatamente. Quando não podem começar logo o ataque, dão inicio à posse de bola, com Emre e Parker como referências para a organização.

Incrível dinâmica colectiva. Avançam rapidamente e com apoios, particularmente o central que vem detrás, que sobe para meter a bola na área. Na defesa, cometem erros e acusam tremendamente a pressão dos adversários – Momento ideal para matar a construção e explorar!

Transições do Guarda-Redes: passe longo imediato para as costas ou contra-ataque para as alas ou para o central em jogo curto. Importante bloquear ou antecipar.

3. Organização defensiva
Equipa organizada como um bloco médio. Grande vocação ofensiva deixa-os expostos ou com desvantagem numérica – quando perdem a bola, há muitos jogadores fora das posições. Equipa que mistura agressividade com passividade, dependendo do opositor. Às vezes parece que dão iniciativa, mas quando acreditam terem o jogo controlado, rapidamente mudam de atitude.

Podemos ser bem sucedidos na construção de jogo longo se jogarmos pelas alas ou pelo centro em vez da zona dos centrais, onde Parker e Emre estão. Estas situações permitem ganhar a 1ª bola no ar e tirar vantagem daí.

Pressão do meio-campo depende do sistema usado. Se jogarem no 4x4x2 clássico, o comportamento tem dois momentos distintos: 1) na 1ª e 2ª fase, se o opositor joga a bola pelo meio-campo, pressionam forte e obrigam a errar. 2) quando o opositor já está no ataque, não pressionam tanto e deixam ficar o bloco compacto, com muita gente no centro, à espera de erros. Se jogarem em losango, vão ser muito mais agressivos, o espaço no centro do terreno é menor e jogar pelo meio envolve mais riscos de perder a bola (por outro lado, os nossos centrais têm mais liberdade para jogar).

Defesa altamente inconsistente tanto em termos individuais (Boumsong principalmente!) como em termos de coordenação colectiva. Misturam marcação à zona com marcação individual do Boumsong. Por andar atrás dos avançados, raramente dá cobertura ao Babayaro, pelo que ficam mais fracos do lado esquerdo. Com o Babayaro importa usar o drible, ritmo e explosão nas mudanças de direcção, porque é lento a reagir. Um para um é fácil!

Given é inconstante. As segundas bolas de cruzamentos ou remates são frequentes, por isso é importante os avançados acreditarem e aparecerem ali.

4. Transição defensiva após perder a posse de bola
Mudança de atitude média, mas a equipa está muito partida, principalmente do lado direito onde têm dois jogadores que não conseguem recuperar rapidamente as posições (Carr e Solano). Isto obriga o Parker a ser o único a cobrir as nossas transições, mas é muito espaço só para ele sozinho.

Na esquerda, N’Zogbia tem uma transição defensiva excelente e recupera rápido ou fecha no meio-campo. Isto acentua a importância de matá-los no lado direito. A defesa pode ser posicionada alta no campo. Há espaços nas costas que podemos explorar. Podem tentar o fora-de-jogo, mas muitas vezes com maus timings e maus julgamentos por parte dos 2 centrais.


5. Bolas paradas - a favor
Provável jogada estudada no pontapé de saída: bola longa para os avançados ou extremos. Livres laterais são metidos na área pelo Emre, N’Zogbia ou Solano. Todos têm capacidade para cruzar bem. Normalmente 4 jogadores atacam a bola na diagonal, e há uma entrada mais tarde de um dos 2 jogadores que ficam à entrada da área. Movimentos perigosos de Owen e Shearer. Qualidade nas segundas bolas fora da área- remates imediatos – importante parar!

Muitas opções nos livres frontais (atenção às combinações também). Indirectos são um toque para o remate forte e preciso do Shearer (atenção). Emre pode meter a bola a contornar a barreira para o poste mais longe do guarda-redes e do lado esquerdo o Solano pode fazer o mesmo. Atenção ao Owen nas segundas bolas!

Os cantos são batidos pelo Emre, Solano ou N’Zogbia. Não só nas diagonais, há jogadores a aparecerem ao 2º poste (Titus Bramble principalmente!). O Owen tenta atrapalhar o GR, mas pode aparecer ao 1º poste também. Shearer é sempre ameaça. Atenção às combinações com o Carr. Ele fica atrás, mas se adormecermos ele aparece perto e cruza de primeira à procura da surpresa.

Lançamentos laterais longos são perigosos com o Carr a meter no Shearer, na área, que ou finaliza ou mete no Owen -este sempre nas segundas bolas!


6. Bolas paradas, contra
Nos livres laterais eles põem dois jogadores na barreira (não saltam), N’Zogbia no espaço, não deixam ninguém na frente mas são rápidos no contra. Todos os outros marcam homem-a-homem.

Nos livres frontais põem 5 homens na barreira (não saltam). Põem um jogador livre, fora da área, para evitar combinações. Não fica ninguém na frente. Os outros marcam homem-a-homem.

Nos cantos, Carr no primeiro poste e Solano no outro. N’Zogbia fica no espaço entre o canto e o primeiro poste. Owen e Emre ficam fora da área. As transições começam com eles - importante controlar o movimento deles se perderemos a bola. Se o Shearer for o homem a ficar no espaço, explorar menos um homem alto na marcação. Podemos tirar partido das bolas paradas!

Given é fraco nos cruzamentos. Frequentemente soca a bola para limpar o lance.

7. Outras observações
Luque está de fora agora, mas talvez ainda recupere (provável suplente). Equipa em bom momento, motivada e finalmente a encontrar equilíbrio. Importante manter atenção à alta intensidade de jogo.

Muita rapidez e alerta nas segundas bolas – depois de ganharem a bola têm soluções e tentam meter no Owen em velocidade.

Más transições defensivas e bolas paradas. Deixam jogadores atrás para terem superioridade, mas não conseguem lidar com o contra-ataque no espaço. É ainda mais evidente do lado do Babayaro – podemos matá-los por aqui.

Substituições não implicam alteração do sistema, mas o losango pode sempre ser opção para eles. Jogadores do banco têm qualidade técnica e podem decidir o jogo. Kieron Dyer e Lee Bowyer são dinâmicos e assumem sempre os papéis que fazem uso da mobilidade. Ameobi é uma ameaça no ar e bolas paradas. Luque tem técnica. Owen persegue as bolas perdidas e os passes atrasados para o GR (grande perigo)!
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O Santos é o novo dono da América


O Santos conquistou a Libertadores após vencer o Peñarol por 2 a 1 em São Paulo, no estádio do Paecambu. A equipe uruguaia, durante toda Libertadores, mostrou ser um time traiçoeiro e perigoso, jogava nos erros dos adversários e explorava os contra-ataques. Surpreendeu ao chegar até a final, superando equipes, que a primeira vista, pareciam ser melhor tecnicamente. Com uma zaga bem postada, esboçando segurança, acionando um meio campo rápido e agudo, que se somava ao ataque, o Peñarol fez história na Libertadores 2011 ao vencer equipes como o Internacional, Universidade Católica e o Vélez.

Contudo, tamanha disciplina tática não foi o suficiente para superar uma equipe conduzida por Paulo Henrique Ganso e Neymar. Na primeira partida em Montivideo, pode-se observar o esforço e disciplina dos uruguaios para anular as principais jogadas santistas, funcionou. No entanto, para a segunda partida estava reservada a prevalência da qualidade técnica e habilidade individual de certos jogadores. Com a volta de Paulo Henrique Ganso ao time (estava parado por lesão) o Santos foi outro, mais objetivo, mais perigoso e sempre mais perto de uma jogada definitiva. Neymar fez o dele e mostrou calma ao segurar a bola no ataque iniciando a jogada do segundo gol, gol de Danilo. Belíssimo gol, aliás. Adriano é outro jogador que merece destaque. Nas duas partidas ele foi o responsável por parar o meia atacante Martinuccio, a referencia individual dos carboneros. Fez com segurança e eficiência. O argentino a serviço dos uruguaios não conseguiu impor-se diante dos marcadores e pouco fez nas duas partidas.

A equipe comanda por Diego Aguirre iniciou a partida pressionando a saída de bola santista, tentava adiantar a marcação dos meias na intenção de forçar os jogadores do Santos ao erro, mas aos poucos os comandados por Muricy Ramalho foram tomando controle da partida. Léo pela esquerda apoiava bastante, na tentativa de juntar-se a Neymar que estava bem marcado no ataque. O Santos estava organizado num 4-4-2 com um losango no meio, Elano era o apoiador aberto pela direita, subia com mais freqüência que Arouca, que estava do lado esquerdo preocupado em fazer a cobertura de Léo que atacava com mais desenvoltura. Ganso o mais adiantado do meio juntava-se ao ataque. Apesar das iniciativas e da maior posse de bola, a rigor o Santos no primeiro tempo teve uma única chance clara de gol: Léo entrando na área chutando de pré direito para fora de frente para o gol. Veio o intervalo e com ele as mudanças feitas por Muricy. Dois jogadores foram emblemáticos para a melhora do Santos. Arouca e Danilo. Arouca, que no primeiro tempo desempenhou mais ações defensivas, foi o responsável pela bela jogada que resultou no gol de Neymar logo a 1 minuto do segundo tempo. Não foi uma jogada isolada, Arouca seguiu buscando mais o ataque na segunda etapa. Já Danilo que também apoiava pouco no primeiro tempo, no segundo apareceu com mais freqüência ao ataque. Num lance em que Zé Eduardo se precipitou na tentativa de finalizar uma bola que veio do alto ao lado da área, foi possível ver Danilo contrariado com o companheiro que não percebeu sua subida pelo lado. Foi numa dessas investida ao ataque que ele surpreende a defesa uruguaia fora do lugar, entra na área e chuta no canto do goleiro, não, sem antes, dar um drible no marcador tirando o adversário da jogada.

Com dois gols atrás no placar Diego Aguirre retira seu lateral direito (o responsável por marcar Neymar) e coloca o atacante Estoyanoff. A mudança surge efeito. É dele a jogada um minuto depois, que resulta no gol contra de Durval. Com o placar mais justo, se imaginaria que o Peñarol crescesse novamente no intuito de igualar o marcador, mas não foi o que aconteceu. Neymar soube explorar bem o espaço que ficou quando seu marcador foi substituído. Corujo, meia pela direita, que apoiava bastante e com boa qualidade, foi o encarregado de parar o camisa 11santista. O Santos ainda teve mais duas oportunidades claras de definir a partida. Numa oportunidade, Ganso e Zé Eduardo desperdiçam no mesmo lance, chance clara, nesse momento o Santos ainda vencia por dois a zero. Em outra jogada, um contra-ataque rápido Neymar toca na saída do goleiro, a bola se arrasta e caprichosamente bate na trave, na sequência, pressionado Zé Eduardo chuta na rede, mas pelo lado de fora.

O Santos venceu porque foi melhor, principalmente no segundo jogo, principalmente no segundo tempo. Méritos para o treinador que mais títulos têm conquistado nos últimos anos no Brasil, Muricy Ramalho. Recompensa justa ao clube que têm jogadores diferenciados como Ganso e Neymar e souberam resistir os eminentes assédios dos clubes europeus para contratá-los. Reconhecimento merecido agora a essa leva nova do Santos que vêem seguindo os passos da histórica geração de Pelé e companhia. Parabéns ao Santos, campeão. Parabéns a Muricy por mais um grande título. Parabéns ao Peñarol, que se não fosse o fato da confusão depois do término da partida, fez tudo com qualidade e disciplina e só engrandeceu essa final.
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A importância de Neymar para o Santos e para o próprio Neymar

Peñarol e Santos continuam, na próxima quarta, dia 22, a decisão da Taça Libertadores da América. Dos 22 atletas que estarão em campo (mais os reservas que entrarem) tem um que é diferenciado, Neymar. Neymar é o melhor jogador de todos, no entanto, vai precisar confirmar e ser o melhor. O que não conseguiu ser em Montivideo. Paulo Henrique Ganso, se tiver condições de jogar, também será um dos diferenciados.
Neymar tem a chance de afirmar sua condição de craque, ainda não é. Não totalmente. Precisa de um grande título, de uma decisão pra roubar a cena e terminar como o jogo. Craque não se esconde em finais, não sente a tensão da partida, ao contrário, chama a responsabilidade pra si e resolve, torna-se o protagonista. Recentemente tivemos uma aula de craque com o maior de todos, em atividade no momento, Messi. O argentino conduziu o Barcelona em toda Uefa Champions League e, na final, contra o Manchester United, foi um espetáculo a parte num time recheado de grandes jogadores. Marcou um gol e encarou a partida com a mesma naturalidade e habilidade que disputa um jogo simples com o Getafe, por exemplo.
Neymar não conseguiu exibir o seu futebol na primeira partida, os uruguaios são eficientes na marcação e trataram de marca-lo bem. A torcida foi junto apoiando das arquibancadas. Neymar sentiu. No jogo da volta, o Santos precisará jogar mais ( e Neymar é peça fundamental), se quiser levar o título. O Peñarol exige cuidado e atenção, já mostrou isso nessa Libertadores. Neymar, dessa vez, terá a torcida ao seu lado, vai precisar assumir a condição de protagonista e conduzir o time.
Se o Santos for campeão da Libertadores esse ano, Neymar terá superado aquele que até pouco era seu ídolo, Robinho. Neymar é melhor que Robinho e pode começar a provar isso, basta ele encaminhar o Santos a um título que Robinho não conseguiu conquistar com o clube. Título que o Santos viu somente com a geração de Pelé e pode conquista-lo novamente, agora com a geração de Neymar.
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